quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Erradicação da Pobreza e da fome. Dia que não pode esperar !

 
Por Mônica Aguiar 

A data tem o objetivo de conscientizar os governos de todo o mundo sobre o elevado número de pessoas que ainda estão vivendo na extrema pobreza, expostos à miséria, fome crônica e todas as formas de violências.

A erradicação da pobreza e da fome faz parte dos oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Mas são poucos que articulam formas para diminuir a pobreza e combater à fome .

Neste período que estamos vivendo, no mundo o número de pessoas na pobreza e extrema pobreza crescem cotidianamente.

Ao meu ver, isto faz parte de um conjunto de falta de ações que não foram tomadas, outras foram deixadas de lado, que acabaram se agravando com a pandemia. Além disto tudo, o fato de não querer enxergar a existência de uma camada da população historicamente afetadas com a falta de políticas sociais e direitos fundamentais.   

De acordo com as Nações Unidas, o mundo tem 736 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza de US$ 1,90 por dia.  A organização destaca o fato de cerca de 55% da população mundial não ter qualquer benefício monetário do sistema de proteção social.  

No Brasil, as condutas ideológicas com a coisa pública, tem colocado cada dia mais famílias na pobreza extrema, passando fome.  

Um cenário muito ruim, que não se agravou somente a pandemia, mas pela falta de responsabilidade política dos poderes atuais com o povo desta nação.  

Milhares de brasileiros, nesta semana de erradicação da pobreza, estão presenciando os filhos passando fome; não tem perspectiva de trabalho com uma remuneração mínima; estão disputando espaço e ganho no mercado precário e totalmente informal; estão sobrevivendo  da ajuda do programa de transferência de renda o Bolsa Família que cada dia sofre modificações; aguardando ajuda de um  Auxilio emergencial que fica entre US$ 26,85 dólar e US$ 45,03 dólar ou seja, entre R$150,00 e R$250,00 mensalmente.

Diante todo este cenário, famílias que já eram afetadas pelas desigualdades socioeconômicas, sofrem com os resultados das crises políticas e institucionais que provocam cada dia a alta dos preços de produtos básicos para sobrevivência.

A tristeza no rosto das pessoas se tornam nítidas. Os traços de cansaço não são mais disfarçados nos belos sorrisos.

O levantamento foi feito entre junho de 2017 e julho de 2018 pelo IBGE, apontou piora na alimentação das famílias brasileiras. Entram na conta somente os moradores em domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que poderia aumentar ainda mais o rastro da fome pelo país.

  • Metade das crianças com até 5 anos vive tem restrição no acesso à alimentação de qualidade e mais da metade dos domicílios onde há fome são chefiados por mulheres.

Em uma matéria da Bruna Ribeiro, publicada na página do CEERT ela aponta que : “Em tempos de pandemia, as desigualdades raciais se aprofundaram e o aumento dos níveis de pobreza da população negra confirma esta constatação”.  Segundo Mario Rogério, diretor do CEERT, mais da metade da população em idade de trabalhar ficou desempregada. No segundo trimestre de 2021 atingiu 50,4%, retratando fielmente o impacto da pandemia nas famílias negras. A taxa de desocupação das mulheres negras (20,1%) foi mais que o dobro da taxa dos homens brancos (9,7%)”.

A matéria também fala que dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar em Contexto de Covid e do levantamento feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional,  apontam que  no final de 2020, 55,2% da população brasileira sofreu alguma ameaça ao direito aos alimentos, ou seja, não tinha certeza se haveria comida suficiente em casa no dia seguinte e, 9%  da população vivenciou insegurança alimentar grave, isso significa que essas pessoas passaram fome. 

São centenas de organizações dos movimentos sociais e de pessoas, que distribuem cestas básicas, material de higiene e proteção à Covid no Brasil, desde 2020.  Mesmo que anônimos, criam uma rede de solidariedade para "alternar" o dia de fome em milhares de famílias.

A fome no Brasil cresce mais a cada dia, superando as taxas de quando o Bolsa família foi criado em 2003.  

São 59,4% da população enfrentando um algum grau de insegurança alimentar, o equivalente a um total de 125 milhões de pessoas.  

Em todas as pesquisas, encontrei resultados que apontam para o aumento da fome no Brasil.  A pobreza extrema é considerada um crime contra os Direitos Humanos, sendo, o Estado deve assegurar que os seus habitantes tenha, condições de sobreviver com dignidade.

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