por Mônica Aguiar
A
desembargadora aposentada e escritora Luislinda Valois, foi
nomeada sexta, dia (03), para comandar a secretaria
de promoção da igualdade racial, ministério no governo da presidente Dilma Rousseff, hoje reduzida
apenas a uma secretaria no segundo escalão, com sua estrutura subordina
ao Ministério da Justiça .
O que tudo
indica , para não fugir a regra imposta, o presidente interino Michel Temer, esta nomeando para maioria das pastas
específicas pessoas ligadas a justiça, pois Luislinda é considerada a
primeira negra a se tornar juíza no país, em 1984, magistrada, foi autora da
primeira sentença de condenação por racismo no Brasil, em 1993, e foi
condecorada com o título de embaixadora da paz da ONU (Organização das Nações
Unidas) em 2012.
A também
nomeada secretária de diretos humanos Flávia Piovesan é jurista, tornou-se procuradora do Estado de São Paulo em 1991. É conselheira da
seção paulista da Ordem dos advogados (2016-2018). Conhecida por sua obra
jurídica voltada aos direitos humanos e ao direito internacional.
A SEPPIR, muito além de ter sido um ministério no primeiro escalão, promovia sim, ações estratégicas
que dialogava com o parlamento, entes do governo e setores da economia, fomentando politicas
de ações afirmativas com equidade, através da gestão pública para negros e negras,
retificando as desigualdades raciais contemporâneas na sociedade, acumuladas ao
longo de anos. Mas agora sem estrutura própria e no segundo escalão, fica difícil
aceitar que nada mudará, pois já mudou e muito. Pois nada impede de considerar as responsabilidades das ações quando
estão inseridas dentro de uma estrutura politica, agora
reduzidas a justiça. Tal feito contraria todos os avanços e marcos de concepção no modo
de programar e implementar políticas públicas para a população negra, muitos concebidos por mãos de vários setores do movimento negro brasileiro, independente da ideologia e escolha partidária.
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