terça-feira, 12 de janeiro de 2016

BLOG MULHER NEGRA

por Mônica Aguiar 

Todos os anos eu agradeço imensamente os acessos ao meu blog Mulher Negra. Não poderia deixar de agradecer neste ano de 2016, com cinco anos de vida, as mais de 390 mil visualizações. Muito obrigada.

Esta marca alcançada, para muitos não é um número expressivo, considerando os bilhões de acessos que se pode ter em uma imagem ou notícia na internet. Mas esta marca com certeza traduz 390 mil leituras, realizadas dentro de 3.944 publicações, cada artigo escrito  tem mais de 900 palavras, além das fotos e catazetes específicos de datas,  ou de uma informação para alguma política publica.

Produzir comunicação alternativa na internet não é uma tarefa fácil. 
Se não fossem tão absurdamente dispendiosos a produção e manutenção, de jornais, revistas, rádios e TVs, estes seriam um outro mecanismo de comunicação social ,  realizado por pessoas comuns, com distribuição gratuita ou de baixo custo, garantindo assim o acesso do conteúdo com várias linhas de pensamentos livres e independentes.  Quanto mais democrática uma sociedade, mais comunicação será produzida.

Analisando o Brasil, sua vastidão em conjunto com as diferenças socioeconômicas, a internet é privilegio de poucos e com esta tamanha crise econômica serão menos pessoas ainda com acesos, pois os serviços das operadoras estão cada dia mais  dispendiosos.

 As matérias hoje apresentadas em jornais denominados de massa, nem sempre trazem o protagonismo, na política, na economia, na cultura, literatura, no desenvolvimento cientifico e econômico, para além das bandeiras pontuais de luta das mulheres  nos movimento sociais ou  da  violência física tão sofrida.

O blog Mulher Negra não traz novidades de moda, beleza, saúde, cabelos dentre outros.
Como podem observar nestes cinco anos de existência, tenho tentado garantir informações:- do protagonismo, das conquistas, das ações em prol.  Tenho buscado também mudar a redação das chamadas de reportagens, que comprometem a visibilidade e destacam estereótipos racistas e machistas com responsabilizações veladas principalmente nas mulheres negras. 

Mas com todas as dificuldades encontradas para manutenção de um blog social e com tantas disputas realizadas para estabelecer milhões de acesso, fico feliz, pois  até pouco tempo não ouvíamos no vocabulário da sociedade muitas palavras que ouvimos hoje entre pessoas comuns.  Este avanço é graças à comunicação aberta produzida por mulheres que faz com muita competência e ética o que grandes meios de comunicações não faz apesar dos privilégios para expansão de sua noticia.

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