Elas costuram, cozinham, dão oficinas e participam de eventos onde vendem seus produtos, ensinam a amarrar turbantes e falam sobre identidade cultural. Essas são algumas das atividades do projeto Nêga Rosa, desenvolvido em sete territórios do Rio de Janeiro e que atende diretamente a 240 mulheres nas comunidades da Mangueira, Barreira do Vasco, Chatuba de Mesquita, Arará, Jacarezinho, Manguinhos e Tuiuti.
De acordo com a coordenadora do projeto, Érica Portilho, trabalhando o empoderamento feminino por meio do empreendedorismo e da valorização da identidade, mulheres negras em situação de vulnerabilidade social, ex-presas, mães e portadoras de necessidades especiais conseguiram saltar de uma renda mensal per capita de R$ 450 para R$ 1.500.
A coordenadora resalta também que o projeto está em busca de parcerias na área de comércio eletrônico e em novembro começa a trabalhar com meninas de 12 a 18 anos que cumprem medida socioeducativa no Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). No dia 31 de outubro, o projeto Nêga Rosa vai ser anfitrião de uma feira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) durante a Conferência de Juventude, na qual estarão presentes 30 empreendedores do estado do Rio de Janeiro.
Outro trabalho está sendo feito para o Comitê Olímpico Rio 2016. O Nêga Rosa venceu um edital de estamparia e vai fornecer 5 mil almofadas para o alojamento dos atletas. “Foram quatro projetos vencedores. A nossa estampa é uma samambaia do mangue, uma planta da flora brasileira. Atrás da almofada, vem contando a história do projeto, em português e inglês e vai ser uma almofada para os atletas levarem para o mundo inteiro”, destaca Érica.
Fonte: EBC / Foto Internet
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