segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Mulher Negra Brasileira Ganha Concurso em Harvard com Diagnóstico Rápido de Doença no Útero

Brasileira ganha concurso em Harvard com diagnóstico rápido de doença no útero
Ideia da estudante é baratear exames e 
deixar mais 
rápida identificação
 da endometriose, que 
atinge 180 milhões
 de mulheres no mundo


Natural de Feira de Santana, na Bahia, Georgia Gabriela Sampaio, 19, pretende criar um diagnóstico mais rápido e barato para a endometriose. A doença acontece quando células do endométrio, tecido que reveste o útero, migram para outros órgãos da mulher, oferecendo risco para a saúde. A endometriose atinge cerca de 9 milhões de brasileiras e 180 milhões no mundo.
Filha de uma cabeleireira e de um dono de loja de materiais de construção, ela ganhou um prêmio em um dos programas de ideias inovadoras da Universidade de Harvard. Tudo começou em 2012, quando sua tia materna teve que retirar o útero, após descobrir que apresentava um estágio avançado da endometriose. A doença fora diagnosticada tarde demais.
“Os sintomas da endometriose são dor, sangramento intenso, infertilidade. Tudo facilmente ignorado porque você não percebe no dia-a-dia. Geralmente, quando você tem dor, você compra um remédio na farmácia e toma. Vai levando sem saber que tem a doença”, explica.
Georgia passou a pesquisar sobre o assunto. Na pesquisa, percebeu que a doença é menos identificada em pessoas com dificuldades financeiras. Segundo ela, o diagnóstico é caro e ineficiente. Foi então que ela pensou em um diagnóstico barato para mulheres que não podem pagar pelo exame de imagem. Ela descobriu que marcadores menos invasivos, além do exame de sangue, também podem indicar a doença, como o teste de urina ou da saliva. Segundo ela, os exames laboratoriais procuram modificações biológicas ao invés de modificações visuais.
A partir daí, ela começou a conhecer médicos e laboratórios brasileiros e americanos. Em 2014, ela entrou em contato com o Village To Raise a Child, programa de alunos e ex-alunos de Harvard que tem como objetivo colocar em prática projetos que impactem de forma positiva a sociedade. Hoje, Georgia estuda medicina na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. 
Fonte: asboasnovas

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