Enedina Alves Marques foi a primeira mulher e primeira negra a graduar-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná, em 1945. A engenheira participou da construção da Usina de Parigot de Souza e trabalhou na Secretaria Estadual de Educação, entre outros locais. Enedina virou placa de rua no Cajuru. Ganhou inscrição de bronze no Memorial à Mulher Pioneira, criado pelas soroptimistas – organização internacional voltada aos direitos humanos, da qual participou. Mereceu biografia assinada por Ildefonso Puppi. Seu túmulo, no Municipal, é mantido com respeito pelo Instituto de Engenheiros do Paraná.
Tempos depois, batizou o Instituto Mulheres Negras, de Maringá. É uma heroína perfeita para um longa-metragem. Nasceu de uma gente humilde do Portão. Era única menina numa casa de dez filhos. A mãe, Virgília, a dona Duca, ganhava uns trocos como lavadeira. O pai, Paulo, está na categoria “saiu para comprar cigarros”. Enedina teria feito parte de uma rede de resistência da comunidade negra paranaense, pré-Black Power, da qual pouco se ouve falar. As vitórias que teve desmentem a propalada passividade desse grupo diante das migalhas que lhe foram reservadas. O destino dela teria mudado ao cruzar com a família de Domingos Nascimento, negro de posses da Água Verde, e com os Heibel e os Caron, brancos progressistas que acabaram por se tornar os seus. Nesses redutos não teria encontrado apenas um horário para estudar ao lado do fogão de lenha. Ali, suspeita-se, passou de Dindinha, seu apelido, a Enedina, a primeira engenheira, mas também uma das primeiras negras de fato alforriadas de que se tem notícia. Eis o ponto.
Patricia Bath
Patricia Era Bath, nascida em 1942 em Nova York, é uma oftalmologista, inventora e acadêmica. Ela quebrou barreiras para mulheres e afrodescendentes em várias áreas. Bath nasceu em 1942, e concluiu o ensino médio em apenas dois anos, apenas um dos louvores na sua carreira intelectual astronômica.
Antes de Bath, nenhuma mulher havia servido no Instituto Oftalmológico Jules Stein, liderado um programa de estudos em oftalmologia ou eleita membra honorária do centro médico da Universidade da Califórnia. Ela também foi a primeira pessoa negra a atuar como residente em oftalmologia na Universidade de Nova York e a primeira mulher negra havia a atuar como cirurgiã na Universidade da Califórnia.
Patricia Bath melhorou a qualidade de visão de várias gerações devido a sua invenção para o tratamento para catarata. Em 1981, criou seu mais famoso evento: um tratamento a laser para catarata menos doloroso aos pacientes. Com o invento, ela conseguiu restaurar a visão de pacientes que eram cegos há cerca de 30 anos.
Bath é também a primeira mulher negra a receber uma patente médica, em 1998, e desde sua aposentadoria em 1993 ela continua a advogar para a população desfavorecida, e concentra seus esforços no uso da tecnologia para oferecer serviços médicos em lugares remotos.
Mae Jemison
A Dra. Mae C. Jemison é conhecida por ser a primeira mulher negra a viajar no espaço, no dia 12 de setembro de 1992. Sua história de vida começa em Decatur, Alabama, onde nasceu em 1956. Criada em Chicago, estudou em escola pública e formou o ensino médio aos 16, entrando em seguida na Universidade de Stanford, em Califórnia, de onde saiu com duas graduações: uma como bacharel em Engenharia Química e a outra como bacharel em estudos africanos e afroamericanos. Mais tarde, ela frequentou a Universidade Cornell, onde formou-se em medicina, o que a impulsionou a ir para a África Ocidental trabalhar como médica e engenheira pela Peace Corps.
De volta aos Estados Unidos, Jemison continuou a atuar como médica em Los Angeles, mas queria realizar um sonho que tinha desde o jardim de infância: ir ao espaço. Contra todos que a diziam que ela não conseguiria ser uma astronauta por ser mulher, ela foi aceita pela NASA e após cinco anos de treino foi ao espaço e conduziu experimentos como médica, analisando células ósseas.
Em 1993, saiu da NASA para começar sua própria companhia, chamada The Jemison Group Inc., que realiza trabalhos na área de ciências e tecnologia, além de trabalhar em importantes projetos de tecnologia da medicina como presidente e fundadora da corporação BioSentient. Segundo seu site pessoal , atualmente a doutora viaja os Estados Unidos dando palestras e curte dançar, jogar cartas e gatos.
Fonte: Ceert
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