Na final dos 50m costas, a brasileira venceu a super recordista mundial, a húngara Katinka Hosszu (25s96) e a australiana Emily Seebohm (25s67).
Etiene é fruto de muito trabalho. A pernambucana de 23 anos vem se destacando desde os 17, quando foi vice-campeã nos 50m costas do Mundial Júnior da Fina, na cidade de Monterrey, em 2008. No entanto há dois anos mudou radicalmente sua vida de atleta e isto coincidiu com a grande reformulação que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos fez na estratégia para tratar os gêneros na natação. O superintendente técnico, Ricardo de Moura, com a aprovação do presidente da entidade, Coaracy Nunes Filho, colocou sob sua supervisão mais dois coordenadores: Alberto Silva, para tratar a natação masculina e Fernando Vanzela, para cuidar da natação feminina. A medida se mostrou um sucesso, pois ela saiu do 10º lugar no Mundial em Piscina Curta de Istambul em 2012 para o ouro em Doha.
– Mudei minha vida toda. Trabalhei duro e muito focada. Hoje sabia que qualquer uma que ganhasse a prova poderia bater o recorde mundial. Não pensei no recorde. Pensei em bater na frente, em ganhar. Pensei em todas as vezes que caí na água aqui e em tudo o que treinei. Vejo a estrutura da natação brasileira para o feminino completamente diferente e muito boa. Mudanças não se fazem em um ou dois anos. Isso é fruto de um processo do qual um monte de gente fez parte – disse.
– Eu hoje tive muito motivos para ficar feliz. Saio 100 por cento contente com o meu desempenho, todas as minhas metas foram atingidas e agora já vamos voltar pensando no Mundial em Piscina longa do ano que vem. A natação está num ótimo momento no Brasil e eu também estou. Sinto que não estava preparado antes, mas agora estou e as coisas aconteceram. Só tenho a agradecer especialmente a Deus por tudo o que aconteceu aqui. Fiquei feliz também pela prova do Cesar de 100m livre. Ele venceu não porque o adversário cansou ou errou. Ele venceu pela superação pessoal dele, pelo esforço dele e isso é bom demais de ver – disse
O Brasil ganhou o 12º Mundial em Piscina Curta com uma bagagem preciosa: sete medalhas de ouro, uma de prata, duas de bronze, dois recordes mundiais, dois recordes de campeonato, e 22 novas marcas brasileiras e sul-americanas. Como se não bastasse, Felipe França saiu como o maior medalhista de ouro da competição com cinco vitórias, e a natação feminina vê nascer uma nova referência, Etiene Medeiros, primeira mulher no país a ganhar uma medalha de ouro em um Mundial de piscina da FINA. As nadadoras foram responsáveis por 13 das marcas continentais superadas na competição....
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