segunda-feira, 28 de julho de 2014

Prefeita Negra e Petista , Rilza Valentim, é mais uma vitima fatal das complicações da Anemia Falciforme

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O falecimento da prefeita petista de São Francisco do Conde, Rilza Valentim, ocorreu  nesta quinta, 24, às 17h30, em Salvador; decorrente de uma complicação da anemia falciforme, que evoluiu para embolia pulmonar. 
A Prefeita era graduada em Química pela UFBA, Rilza Valentim, iniciou sua trajetória política como secretária municipal de educação em 1997.  Era mãe de três filhos, Rafaela, Rodrigo e Raiana. 

Em 2000 foi eleita pela primeira vez vereadora, sendo reeleita na eleição seguinte.  Militante histórica contra as injustiças e defendia a liberdade, a igualdade e  combate ao racismo . 
A prefeita Rilza faleceu com  51 anos , com elevado índice de aprovação entre a população de São Francisco do Conde, cumpria o segundo mandato  da cidade com maior renda per capita do país, fruto do imposto gerado pela Refinaria Landulpho Alves. 
Em 2008, a petista foi eleita com 96% dos votos válidos e reeleita, em 2012, com 75% da preferência uma das melhores médias no cenário nacional. .

O falecimento repentino de Rilza pegou de surpresa o mundo político, em especial os companheiros do PT. Deixando um legado de grandes realizações  e desenvolvimento para sua cidade natal . 
O governador Jaques Wagner se disse "triste e consternado" pela morte prematura da amiga. Ele a definiu como uma mulher de fibra que lutava por seus ideais e defendia com bravura o povo de sua terra.
Um dos últimos atos oficias da prefeita Rilza Valentin foi sancionar  a a Lei Municipal Nº 361/2014 que escolheu o dia 13 de maio como Dia das Religiões de Matriz Africana, com a data integrando o calendário de eventos e datas comemorativas do município.

A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, acometendo predominante indivíduos negros, mas pode manifestar-se também em brancos. A principal característica  é alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice, de que se origina o nome falciforme. Os glóbulos endurecem e a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos fica prejudicada.

As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal. A causa é uma mutação genética, que deforma os glóbulos vermelhos.
O portador da doença tem o gene alterado transmitido pelo pai e pela mãe. A transmissão apenas por um dos pais, gera filhos que têm o traço falciforme, que é passado aos descendentes, mas não provoca a doença neles mesmos.

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