Por Mônica Aguiar
Afirmam as vozes das experiências de vidas, “não se deve dar ouvidos as coisas que não são relevantes”. Mas, neste caso....... Não!
A falta de competência técnica na gestão pública, a falta de relevância com a ciência, a falta de consideração as Leis direcionadas ao desenvolvimento de políticas públicas do Brasil, antirrepublicanismo, aversão aos valores que formulam a democracia e o negacionismo são algumas marcas apontadas por centenas de jornalistas e cientistas políticos ao falar do Governo Bolsonaro.
Falando de cá, onde meu pé pisa, Eu vejo neste período de
gestão Bolsonaro, um perfil explicitamente algoz, capazes de atitudes e pronunciamentos
públicos sem o menor receio do estrago que suas declarações podem trazer para
toda a sociedade, independente da faixa etária ou grupo étnico racial. Isto mesmo
tendo o Presidente assinado compromissos com a coisa pública, assumido as responsabilidades de Chefe de uma
Nação.
Constituição Federal O
PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 78. O Presidente e o
Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional,
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar
as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade
e a independência do Brasil.
Já seus seguidores e adptos ao "fascio littorio",
totalitários de convicção, em pleno exercício desta ideologia, negam Leis,
Tratados e Convenções destinadas a garantir à população negra, as mulheres,
crianças e jovens a igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos
individuais e coletivos, o combate à discriminação e de intolerância contra
religião de origem Africana.
Chegam a promover interpretações literárias que compactuam
com o período escravocrata e com o genocídio de povos deste imenso Brasil.
Naturalizar e centralizar a crise da saúde pública, tratar com
irrelevância o número de mortes ocorridas nesta crise da pandemia, ignorar situações
econômicas, a fome e a pobreza do povo, justificar suas atitudes com teorias
adversas à tudo que existe e, estar próximo a dar significado, ao papel do Estado
em desenvolver políticas públicas, censura, nacionalismo exacerbado, unipartidarismo, militarização governamental. Tornou-se notório.
A submissão e subserviência são as principais características
dos atos destes seguidores de Mussolini. "Tudo no Estado, nada
contra o Estado, e nada fora do Estado."
Por isto, se torna tão difícil enquadra-los como genocidas,
defensores da pobreza extrema, do racismo, das desigualdades sociais, da
xenofobia e intolerâncias correlatas....
Palavras ou expressões como:- democracia, solidariedade,
políticas de gênero, reparações, combate ao racismo, distribuição de renda,
combate à fome, direitos sexuais e reprodutivos, ambientalismo, feminismo,
soberania, nacionalismo, dentre outras ..... São palavras abominadas e quando utilizadas,
sempre são afirmadas com conceitos contrários de seu verdadeiro significado. Justificativas não faltam para garantir defesa e implementação do totalitarismo da extrema
direita Ustra.
As políticas que foram
desenvolvidas de gênero, raça ou outras específicas no Brasil, foram criadas
no enfrentamento ao racismo e para consolidação da democracia. Em 2013, o Brasil passou a ser considerado
pela ONU, exemplo para mundo, ao desenvolver políticas e ações de Promoção de
Igualdade Racial, Leis e Estatutos de combate as discriminações baseadas na
raça.
Os ataques racistas e avessos as políticas desenvolvidas de promoção
da igualdade racial e combate ao racismo, agregadas as posições segregacionistas ocorrem
desde o período eleitoral e se mantem pôs eleição do Governo Federal. Foram e
são estrategicamente publicada em massa nas redes sociais para não criar
alardes e não ser cobradas responsabilidades legais como atos ligados ao
Presidente Bolsonaro.
Contudo o que vem se concretizando através de denúncias realizadas por pessoas que deixaram de ser aliados deste governo, da investigações da Polícia Federal e o próprio andamento da CPI da COVID no Senado brasileiro é a possível existência de um denominado Gabinete do Ódio coordenado pela família, dentro da estrutura Governamental ( BolsonaroNews).
Já estar transparente o grau de crueldade nas atitudes minuciosamente calculadas e pensadas para disseminar e doutrinar toda a sociedade sobre tudo o que este grupo abomina.
Já citei aqui o ódio deste grupo por tudo que garante direitos,
livre exercício da cidadania, oportunidades, igualdade, equidade e que abre a
possibilidade para as reparações dos danos causados pela escravidão. Isto tudo contra uma Nação
que estava despontando em diversas áreas e cito como exemplo: a educação.
Mesmo com as investigações eles não param. As campanhas em
peças publicitárias em canais de TVs e rádios abertos, criam controversos sobre
conceitos que prevalecem para o exercício da cidadania ao mesmo tempo realinham
o ideologia da falsa democracia racial e a falsa garantia de possiblidades do
acesso aos direitos fundamentais como políticas implementadas por este Governo.
Estamos vivendo no poço, o foço da base da pirâmide
social.
“Avanços nos indicadores socioeconômicos da população negra
atestam o impacto positivo das políticas universais. Ao mesmo tempo, os dados
mostram a necessidade urgente de ações afirmativas de caráter amplo na busca
por igualdade racial no Brasil. Construir pontes que aproximem as realidades de
brancos e negros no Brasil é um desafio monumental de engenharia social e
econômica. ( Marcelo Paixão para o
IPEA)”
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