Por Mônica Aguiar
Muitas mulheres ainda não sabem que estão sendo
vítimas ou que outras mulheres sofrem em seu cotidiano com a violência, já que a
violência contra a mulher assume formas diversas além da física que incide com
muita intensidade, mas também a psicológica, sexual e imagem pessoal entre
outras.
Embora os papéis femininos tenham passado por
transformações relevantes nas últimas décadas, as mulheres que não se casam, ou
não têm filhos ou preferem ficar sozinhas após separação, continuam sendo muito
cobradas por optarem não assumir papeis que são tradicionais.
A sociedade tem reagido de forma negativa com
as mulheres quando o assunto é independência de vida e participação na política.
Muitos acreditam que não compete a uma mulher
ocupar espaços públicos, e nem ter vida privada longe dos valores de uma
determinada regra preconceituosa.
Em ampla maioria, os homens ocupam os espaços
de poderes e não suportam estar sob comando de uma mulher. Acreditam que lugar
da mulher não é na política, nos partidos políticos, tampouco sozinhas ou mesmo
inseridas no mercado de trabalho com funções de chefias.
Parcela significativa da sociedade espera que a
mulher apenas ocupe funções auxiliares, desde que estas não sejam deliberativas
e determinantes. Não avistar ou analisar
positivamente ações ou realizações de uma mulher que esta em função política governamental
é um fato naturalizado no Brasil.
Os velhos questionamentos modernizados dão foco
em desqualificar e questionar a competência de uma mulher que atua na política,
isto por qualquer problema que surja dentro da sua área administrativa, independente
da esfera federativa.
Lançam com requintes de crueldade, atributos
perniciosos coagindo o sentimento de ódio na sociedade. Introduz com
naturalização a manifestação de pré-julgamentos, utilizando imagem pejorativa na vida privada da mulher, sem ter o menor pudor de separar a vida da pessoa
humana da atuação política e governabilidade, como eles fazem quando é um homem
que esta governante independente do partido político, para poupá-lo de um desgaste,
e um julgamento impresumível por parte da sociedade, considera-se desde o
cenário econômico e político, até as diferenças ideológicas de forma séria e
serena.
O resultado das infestações de tais crueldades
constitui apatia da mulher com a vida política, diminuindo significativamente
sua presença e espaços públicos.
Independente das cotas e fundos partidários,
dos programas governamentais , denúncias e incentivos realizados pelos
movimentos feministas, este mecanismo ilegal utilizado por apenas um setor no
Brasil, cria entraves na vida das
mulheres, não são julgados e punidos dentro da tão exemplificada Lei 5.250/97,
ou considerados perturbadores da ordem pública por noticias alarmantes ou provocadores da comoção e do tumultuo.
Mas
vale a boa e velha interpretação, onde os interesses pessoais de quem julgam, é
suficiente para declinar quem não afiança as estruturas dominantes.
Este formato dado de violência contra mulher, tem
desencadeado por parte da sociedade reações
distintas de agressões, com constatações explicitas de danos morais, lançadas por
um setor anacrônico que desenvolve e tem o domínio da comunicação no Brasil, e que
detém poder de influência constituída, sem precisar passar por qualquer que seja o processo de disputa democrática, detém o privilegio das concessões, perpetram o tempo todo a violência contra mulher. A TV Globo principal estimuladora de agressões
contra as mulheres, teve as cinco concessões renovadas por um período de quinze
anos, até 2022.
Não importa a esfera de governo: a representatividade feminina no
Poder Executivo é desproporcional em relação à composição da população
brasileira. Levantamento de Aos Fatos com base nas dez cidades mais populosas
do país, segundo o Censo 2010, revela que homens dominam as secretarias municipais.
Nível federal. Dos 31 ministérios, apenas quatro são comandados por
mulheres: Kátia Abreu (Agricultura), Tereza Campello (Desenvolvimento Social),
Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade
Racial e Direitos Humanos). Elas representam apenas 13% do alto escalão do
governo federal-número equivalente ao encontrado em Manaus (AM), capital com a
menor taxa de representatividade entre as analisadas.
Curitiba e Recife
encabeçam a lista, com 26% das secretarias municipais ocupadas por mulheres. A
maior cidade do país, São Paulo, tem apenas 14,8% de suas secretarias
municipais encabeçadas por elas.
Minas Gerais das 20 Secretarias de Estado, apenas uma mulher no primeiro escalão,
Macaé Evaristo Secretária de educação.
Belo Horizonte – 22 Secretarias Municipais
apenas 02 mulheres, na Educação e Políticas sociais .
Outro ponto em comum
entre as dez maiores cidades do país é que todas elas têm homens ocupando a
prefeitura.
As últimas eleições
municipais, em 2012, foram as primeiras realizadas após a aprovação da lei que
criou reserva de no mínimo 30% das candidaturas de cada partido ou coligação
para mulheres.
Segundo o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), em 2012, 665 prefeituras — 12% do total em todo
o país — foram conquistadas pelas mulheres. Isso significou um aumento de 31,5%
em relação às eleições municipais de 2008.
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