Por Mônica Aguiar
"En primer lugar quiero darle gracias a Dios por este
momento gracias , a la Virgen Maria, gracias a nuestros ancestros y
ancestras,gracias a nuestra gente colombiana, a los jóvenes, a las
mujeres,gracias colombia por este momento histórico"
Francia chegou a lançar a pré-candidatura para
presidência do país no ano de 2021, contudo, englobou a chapa de Petro. O presidente
eleito Gustavo Petro, se tornou o primeiro presidente de esquerda. Ex-combatente
da guerrilha M-19 e, hoje, senador da Colômbia, venceram as
eleições presidenciais no país.
Nos discursos de Francia durante a campanha dizia que trabalharia pelos negros, indígenas, mulheres, camponeses e membros
da comunidade LGBTQIA+ se fosse eleita.
Francia chegou afirmar em várias entrevistas, já presumindo a vitória, que seria a primeira vez que
políticos de esquerda chegarem à presidência do país.
"Como no Chile,
e em muitos outros lugares, as pessoas cansaram de sofrer, se cansaram das
promessas da elite, das 47 famílias que nos governaram a vida inteira. Se
cansaram da guerra, porque continuam matando pessoas todos os dias. As pessoas
estão fartas e querem mudanças. Minha candidatura ganha fôlego por isso, porque
eu venho desses lugares dos excluídos", disse ela.
Sua história nas trincheiras dos movimentos sociais é marcada com responsabilidade e solidariedade. Sempre ajudando a organizar movimentos sociais. Em 2014, quando foi presidente da Associação de Mulheres Afrodescendentes de Yolombó, ela organizou
a "Mobilização das mulheres negras pelo cuidado da vida e dos territórios
ancestrais".
Formada
pela Universidade Santiago de Cali em direito, Francia é mãe solo de dois filhos,
fará gestão de 2023 a 2026 .
Para Francia ocupar um cargo no Estado não é o fim da trajetória. Para ela o fim é dignificar a vida, é cuidar da vida, é viver em um lugar mais justo e digno para todos. O fim é diminuir a mortalidade negra. Chegar à presidência da Colômbia é um meio, ocupar o Estado é um meio para seguir movendo essa luta que queremos como povo e como humanidade”. (Fonte G1)
“Me tornei uma
ativista no processo de comunidades negras onde aprendi a me reconhecer como
mulher negra, a reconhecer meu cabelo, minha negritude com orgulho, porque esse
país nos fez sentir vergonha, nos fez sentir que somos responsáveis pelos
infortúnios que tivemos que viver”, disse Márquez, que desde jovem é uma
defensora das lutas das comunidades negras.
Bandeiras históricas que dialogam e se encontram nas narrativas das pautas e luta das mulheres negras brasileiras: Combate ao racismo, a pobreza e fome , defesa ao meio ambiente, defesa das mulheres, meninas negras e direitos humanos, sempre presentes em seu discurso e atuação.
Desde muito jovem começou a liderar
espaços em sua comunidade, e valorizar seus pares com o
reconhecimento de sua negritude, em um país altamente racista.
A vice presidência de
Francis mexe com as estruturas de poder político na Colombia e na América Latina
onde a maioria de homens brancos estão sempre presentes.
“já é uma evidência de que estamos rompendo com o patriarcado e o machismo
na
política”.
Como todas
as mulheres negras que lutam por espaço na política e de poder, Márquez era vista como uma mulher com pouca
experiência política.
“As
mulheres negras colombianas têm forte participação nos movimentos sociais e de
luta por direitos nos territórios, no entanto, elas têm ainda pouco espaço nas
posições de tomada de poder.
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