terça-feira, 28 de abril de 2015

Artista Betty King expõe no Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil abriu em São Paulo uma exposição com 100 obras da artista plástica Betty King, da segunda geração de artistas abstratos no Brasil. Nascida em Nova Orleans, Estados Unidos, em 1932, e de formação cosmopolita, ela contribuiu para o circuito nacional abstrato entre as décadas de 1950 e 1970, principalmente no período em que morou em Salvador, de 1958 a 1976.
Estudou na Europa e chegou a fazer exposições na França e na Inglaterra. Sua primeira mostra no Brasil foi a convite da arquiteta Lina Bo Bardi, no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador.
Betty King, Árvore - Divulgação Museu Afro Brasil

“Ela fazia uma pintura abstrata quando chegou aqui, naquele ambiente da Bahia, em que tudo era figurativo. Ela chegou em Salvador, fez sua primeira exposição e a obra dela foi evoluindo”, disse Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil.
A exposição é composta por pinturas em óleo sobre tela, que apresentam suas investigações sobre o plano e a cor e os trânsitos entre a figuração e a imagem abstrata, além de suas inovadoras séries em alumínio, em que as chapas do metal eram gravadas por processos químicos e industriais. Betty dedicou-se a buscar novas técnicas e linguagens ao longo de mais de três décadas de trabalho, o que a tornou uma artista de vanguarda.
Araujo explicou que a obra da artista se modificou, o que a levou a utilizar o alumínio, que pode ser corroído por ácido ou ainda sofrer anodização, técnica que dá diferentes cores ao material. Para ele, o grande destaque da exposição são as placas de alumínio trabalhadas pela artista.
“Betty é uma das primeiras artistas no Brasil a trabalhar com o alumínio. Ela o corrói com texturas, com relevos, é uma prática artística e ao mesmo tempo industrial, porque era uma técnica usada na indústria do alumínio, crescente no Brasil nos anos 60 e 70”, acrescentou.
Com 85 anos, a artista vive na capital paulista. “Estamos trazendo a Betty de volta para o circuito das artes plásticas de São Paulo, para que público possa vê-la e revisitá-la”, ressaltou o curador.

“Betty King - das Pinturas, dos Relevos e dos Alumínios Anodizados” tem entrada gratuita e fica em cartaz até 26 de julho.

 Fonte: EBC

Relatório da ONU 2015-2016, Afirma que Desigualdade de Gênero no Mercado de Trabalho Persiste !

O relatório Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos, divulgado hoje (27) pela ONU [Organização das Nações Unidas] Mulheres, mostra que no mundo, em média, os salários das mulheres são 24% inferiores aos dos homens. “As mulheres continuam recebendo em todo o mundo um salário diferente pelo mesmo tipo de trabalho e têm menores probabilidades que os homens de receber uma pensão, o que resulta em grandes desigualdades em termos de recursos recebidos ao longo da vida”, informa o documento.

O estudo mostra que 50% das mulheres com idade para trabalhar fazem parte da população ativa. No caso dos homens, o índice é 77%. A pesquisa revela que em todas as regiões do mundo as mulheres fazem quase duas vezes e meia mais trabalho doméstico e de cuidados de outras pessoas não remunerados que os homens. Segundo a ONU, as mulheres são responsáveis por uma carga excessiva de trabalho doméstico não remunerado referente aos cuidados com filhos, com pessoas idosas e doentes e com a administração do lar.

Para a organização, o período atual representa um tempo de riquezas sem precedentes mas, apesar disso, as mulheres ainda ocupam os empregos com menores remunerações e menos qualificados e continuam a viver em condições mais precárias de saúde, acesso à água e saneamento.  O documento informa que frequentemente os direitos econômicos e sociais das mulheres são limitados porque elas vivem em um mundo machista e com práticas discriminatórias.

“Os recursos públicos não estão indo para a direção onde são mais necessários: por exemplo, para a água potável e saneamento, cobertura de saúde com qualidade e serviços decentes de cuidados de crianças e idosos. Onde não há serviços públicos, o déficit recai sobre mulheres e meninas”, disse, em nota, a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.

O relatório reconhece que houve avanços desde 1995, quando foi realizada a 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, em Pequim. O número de meninas na escola e de mulheres que fazem trabalhos remunerados aumentou e a luta contra a violência doméstica entrou na agenda política. “Esse avanços demonstram que é possível reduzir as desigualdades de gênero por meio da atuação pública”, diz o texto.

A pesquisa recomenda dez prioridades para a ação pública com o objetivo de diminuir a desigualdade. Ressalta, ainda, que as políticas econômicas e sociais devem trabalhar em conjunto. Entre as recomendações estão a geração de trabalho decente e a redução da disparidade salarial entre homens e mulheres, o fortalecimento dos mecanismos de proteção social ao longo da vida, a redução e a redistribuição do trabalho doméstico e o investimento em serviços sociais com foco nas mulheres.

O Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016 é publicado no momento em que, para comemorar os 20 anos da Plataforma de Ação de Pequim, a ONU Mulheres propôs aos países uma avaliação dos avanços alcançados com a implementação do documento. O processo recebeu a denominação de Pequim+20.

Considerado o projeto mais abrangente sobre o tema, a plataforma foi adotada por 189 governos e indica medidas relacionadas a 12 áreas temáticas para que os países avancem na busca pela igualdade de gênero.

Fonte e texto : EBC 
Foto : Mônica Aguiar 


Papel das mulheres na África do Sul

 por christina martinez

Resultado de imagem para Papel das mulheres na África do SulTradicionalmente, as mulheres sul-africanas mantinham status secundário em relação aos homens. As estruturas sociais africanas são centradas no sexo masculino, deixando as mulheres sem poderes. Essa crença é comum principalmente por toda a população étnica e racial da África do Sul, onde há prevalência das sociedades patriarcais. 
Apartheid - Na África do Sul dos anos cinquenta, durante o período de apartheid, as mulheres lidavam com restrições como as "leis de passe". Exigia-se que os negros carregassem um passe que permitia sua presença em áreas somente para brancos. As mulheres resistiram à maioria dessas leis e formaram a "Liga de Defesa da Constituição Feminina", em 1954. Além disso, elas costumavam viajar durante muitas horas para trabalhar em empregos com baixa remuneração e sofriam com os efeitos das péssimas condições de vida, incluindo doenças e desnutrição. 
Pós-apartheid - Na década de noventa, com o apartheid chegando ao fim, as mulheres alcançaram novos patamares. Algumas se tornaram parte da Assembleia Nacional do país. O ex-presidente Nelson Mandela nomeou duas mulheres para seu gabinete em 1994. 
Século 20 - Durante o século 20, as mulheres assumiram alguns dos papéis que os homens mantinham tradicionalmente, incluindo transações legais e financeiras. Por causa das exigências de força de algumas funções, os homens eram frequentemente enviados para trabalhar nas minas que ficavam longe de suas casas. 
Violência e educação - Atualmente, a violência contra as mulheres está na vanguarda das questões dos direitos femininos. O país também está tentando melhorar as oportunidades educacionais para o sexo feminino. 
O vilarejo de Qumbu - A sociedade patriarcal está mudando lentamente e uma parte rural da África do Sul é um exemplo disso. De acordo com o artigo "Gender-South Africa: A Real Man Does Provide Care" (Gêneros da África do Sul: Um homem de verdade ampara, em tradução livre) de Kristin Palitza, os homens no vilarejo rural de Qumbu cuidam das crianças órfãs e preparam as refeições regularmente, algo tradicionalmente feito pelas mulheres. Eles também estão educando os moradores sobre HIV/AIDS e distribuindo preservativos.


África do Sul comemora Dia da Liberdade 15 anos após o fim do apartheid


Por : Natalia da Luz Especial para o G1, da Cidade do Cabo


Resultado de imagem para Dia da Liberdade na África do Sul! No dia 27 de abril de 1994
Dia lembra a posse de Mandela e uma nova vida para os negros.
Apartheid durou aproximadamente quatro décadas.

 
Ainda eufóricos com a vitória de Jacob Zuma nas eleições presidenciais da África do Sul, os partidários do zulu também comemorou nesta segunda-feira (27) o Dia da Liberdade.

A data relembra o dia em que Mandela subiu ao poder em 27 de abril de 1994 introduzindo a democracia em uma política que desprezava a cidadania dos negros. Apesar de compartilharem a mesma nacionalidade, havia o apartheid, que transformou em lei o regime de segregação mais cruel dos últimos tempos.

Nos primeiros anos da União Sul-Africana ainda não existia o apartheid, mas os descendentes dos colonos já promulgavam leis para garantir o poder sobre a população negra. “No início do século XX o cenário já era esse, mas a partir de 1948, quando o Partido Nacional (dos brancos) tomou o poder, a segregação virou lei”, relembra Carlos Duarte, angolano especialista em cultura africana. Era uma nova decisão política e nada consensual que mudaria para sempre o rumo do país. “Para manter os negros isolados, foram construídos bantustões, os estados “independentes”, com quase nada de saneamento e eletricidade”, descreve.

O apartheid (que significa separação) permitia que os negros circulassem apenas com um passe. “Era terrível. Os negros não podiam andar pela cidade onde nasceram. Os banheiros, os restaurantes, lojas e outros estabelecimentos não permitiam a nossa entrada. Imagina você não poder usar um banheiro, comprar um sanduíche só porque é negro”, conta Eric Sipeta, de 35 anos, explicando como era a vida antes da liberdade. E a desigualdade não parava por aí. Quando os sul-africanos precisavam de atendimento médico, brancos eram atendidos em hospitais com padrão europeu, enquanto os negros sofriam com a falta de recursos. Antes de chegar ao hospital, uma ambulância branca jamais levaria um negro, mesmo que o estado fosse grave.
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“A vida era assim mesmo. Os brancos tinham direito a tudo e, nós, o dever de obedecer. É por isso que hoje é tão importante para nós. Simboliza a conquista de Mandela por uma vida mais justa para os negros”, falava o sul-africano, enquanto dirigia uma van que transporta passageiros da área nobre da Cidade do Cabo ao centro.


Após 46 anos, a revolução sul-africana daria aos negros tudo o que eles ficaram restritos. O esforço mundial e, especialmente, do líder negro Nelson Mandela e do último presidente sul-africano branco, Frederick de Klerk, derrotaram em 1990, o apartheid. Mas antes de Mandela assumir o poder em 1994, a África do Sul ficou um país sem lei, recorda o pesquisador Carlos. “Era a situação ideal para o surgimento da bandidagem aberta, mas a liderança do Mandela conseguiu conter esse banditismo e, finalmente, no dia 27 de abril de 1994, os negros se libertaram do racismo”, recorda o angolano sobre a posse de Mandela. “Eu era adolescente quando vi o regime aprisionar muita gente, inclusive, a minha família. Não tínhamos direitos. O fim do apartheid nos deu uma vida nova que ficou marcada quando os negros subiram ao poder”, conta Nosipho Prtambi, 32 anos, comemorando o Dia da Liberdade bebendo cerveja com os vizinhos.

Feliz da vida com a eleição de Zuma para a presidência e com a nova casa (presente do governo), Nomandla Bharroyi, 27 anos, acredita que a vida só vai melhorar. “Hoje o governo olha por nós. Comemoramos a nossa liberdade pensando em uma vida melhor, em um futuro gratificante para as próximas gerações”, fala Nomandla posando para a foto em frente à casa, em Khayelitsha, (área mais pobre da Cidade do Cabo com mais de um milhão de habitantes). Ela não tem emprego, mas isso não a preocupa porque, para ela, os políticos vão ajudar os negros. “Eu não trabalho, mas tenho uma vida boa aqui. Olha!”, sorri, apresentando os três cômodos da residência, que para a realidade de Khayelitsha (com milhares de barracos de zinco e papelão), é, sem dúvida, uma boa casa.

Apesar da ausência de qualquer entretenimento organizado para comemorar o feriado nacional, as pessoas encontravam uma forma de diversão. As crianças optaram pela bola e correram logo cedo para o campo jogar o esporte favorito dos negros sul-africanos: o futebol. Para os adultos, nada de show, música, cinema, teatro. Não há nem sinal de coisa parecida na township. Para comemorar o dia “free”, eles madrugaram e compraram algumas garrafas de cerveja.

“Estamos aqui comemorando os novos tempos. Felizes com o resultado das eleições e felizes por hoje”, diz Nosipho Prtambi que também está desempregada. Em um bar improvisado com uma mesa de sinuca ela e os vizinhos passavam o tempo. Do lado de fora, porque no bar não cabiam todos, um pequeno grupo brindava a liberdade. “Viva a nossa liberdade, viva Mandela e a uma nova África do Sul para os negros”, diziam em xhosa.

Foto : Internet 

domingo, 26 de abril de 2015

Angelina Jolie faz discurso, 'chacoalha' ONU e diz que falta 'vontade política' para resolver conflito sírio

ANGELINAA atriz e e enviada especial do alto comissário para Refugiados, Angelina Jolie, falou nesta sexta-feira (24) ao Conselho de Segurança da ONU que não há "vontade política" em resolver a crise da Síria.
"O problema não é falta de informação. Nós sabemos em mínimos detalhes o que está acontecendo em Aleppo, em Homs. O problema é a falta de vontade política. Nós não podemos olhar para a Síria e para o mal que surgiu das cinzas da indecisão e pensar que isso não é o ponto mais baixo da incapacidade do mundo em proteger e defender inocentes."
O embaixador da Síria foi econômico nas palavras sobre a atriz. "Ela é bonita", disse.
Desde o início do conflito, Angelina já visitou 11 vezes civis refugiados no Iraque, na Jordânia, no Líbano, na Turquia e na ilha de Malta. Em seu relato, ela diz que a esperança dos refugiados com o fim do conflito se transformou em ódio.
A atriz também não poupou críticas ao Conselho de Segurança que, em sua avaliação, não está utilizando seus poderes para por fim à crise. A China e a Rússia, aliadas ao governo sírio, vetaram múltiplas resoluções do Conselho sobre o conflito.
Ela declarou que "se não for possível acabar com o conflito na Síria", existe ao menos uma "obrigação moral inevitável em ajudar os refugiados e fornecer meios legais para a sua segurança".

Fonte: Brasil post

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