terça-feira, 18 de julho de 2017

2º Julho Negro Acontece no Rio de Janeiro

Por Mônica Aguiar 
Colaboração:Mônica Cunha -RJ

A violação dos direitos humanos da população negra, pobre e de periferia no Brasil e em outras partes do mundo é tema de uma semana na mobilização do Julho Negro que começou dia (17), Rio de Janeiro, vai ate sexta com (21), em diversos locais por toda cidade.  

A agenda Julho Negro é uma articulação das Mães e familiares vítimas da violência no Brasil, que denunciam o genocídio negro e a injustiça racial, a violência em favelas e periferias, a segurança pública, a violência e brutalidade policial, a violência e omissão do Estado, mortalidade dos jovens negros, a intolerância religiosa contra religiões de matrizes africana e o 25 de julho Dia de Luta da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.

Este ano,  o Movimento que vem crescendo, pretende ampliar a articulação internacional de luta contra o racismo e a militarização das vidas com a participação de mães e familiares vítimas da Palestina, do México e da Associação de Haitianos do Brasil.

O Julho Negro é composto pela: Rede de Comunidades e Movimento contra a Violência, as Mães de Maio de SP, o Fórum Social e as Mães de Manguinhos, Movimento Moleque, as Mães Vítimas da Chacina da Baixada com a adesão e apoio do Fala Akari, Campanha pela liberdade de Rafael Braga, o Coletivo Papo Reto, União Social dos e das Imigrantes Haitianos,  Fórum de Juventudes RJ, Comitê Nacional Palestino, BDS, Ação Direta em Educação Popular, Mangueiras, Fórum Grita Baixada e Centro dos Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu, Museu da Maré, Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça da época da ditadura militar,  Movimento/campanha dos Estados Unidos "América Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam).

A agenda começou dia 17, realizou um protesto de conscientização contra a discriminação de religiões de matriz africana, pela valorização da vida dos moradores de favela e mães que perderam os filhos em ações policiais e  participaram de entrevista coletiva na Casa Pública, em Botafogo, para falar sobre a importância do projeto. 

Nestes próximos dias de mobilização estão previstas panfletagens contra o racismo, 25 de julho Dia Internacional de Luta da Mulher Negra Latina e Caribenha com diálogos em locais específicos sobre os desafios enfrentados pelas mulheres negras no país e  homenagens às vítimas da Chacina da Candelária, que completa 24 anos no próximo dia 23. 

Hoje (18),  às 16 horas acontecera um ato em frente à igreja, e no dia 21, missa no mesmo local.


No ano passado,  as discussões do Julho Negro,  estavam focadas com o aumento da violência policial durante os preparativos para os Jogos Olímpicos. Na ocasião, o Julho Negro destacou o relatório da Anistia Internacional Brasil e o Instituto de Segurança Pública (ISP), que os homicídios cometidos pela polícia aumentaram em 135% em 2015. As estatísticas demonstram que 75% das pessoas mortas pela polícia em 2015 eram homens negros. Nos Estados Unidos, policiais são acusados frequentemente em histórias envolvendo um homem negro desarmado sendo baleado por um policial branco. De lá para cá, Dalva conta que nada mudou, que a violência só aumenta.

De acordo com a Anistia Internacional Brasil e o Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgados em 2016, os homicídios cometidos pela polícia aumentaram em 135% em 2015. As estatísticas demonstram que 75% das pessoas mortas pela polícia em 2015 eram homens negros. 

De acordo com Dados da Polícia Civil 632 pessoas foram atingidas por balas perdidas no Rio, no período de Janeiro até 2 de julho de 2017, uma média de 3,4 casos por dia no estado. Desse total, pelo menos 67 morreram.

CONFIRA A AGENDA    
                                                                                 
Dia 18/07 -16h00min -  ato Contra a Chacina da Candelária Local Candelária

19/07: 18h30min - Roda de Conversa – “Masculinidade e as Opressões do Machismo”
 Local IBASE (Rua Senador Dantas 40 – Centro)

20/07: 18h00min - Vigília pela Chacina da Candelária
Local Candelária

18:30min: Lançamento -  Baixada Fluminense no Encontro “Pra além dos Dados”“ do Atlas da Violência 2017 com presença do IPEA e Anistia Internacional.
Local Igreja Nossa senhora de Fátima e São Jorge (Rua Getúlio Vargas, 220- Centro Nova Iguaçu )

21/07
09h00min - Missa da Candelária

13h30min: Lançamento do Livro Biografia de Mahommah Gardo Baquaqua: “Um Nativo de Zoogoo no interior da África”.
Local – Museu da Maré ( Av. Guilherme Maxwel,26-Maré)

14h30min: Roda de conversa “Encarceramento com Campanha Pela Liberdade de Rafael Braga”   Associação de Familiares de Presos (AFAP)
Eu sou Eu, Reflexo de Uma Vida na Prisão local Museu da Maré
Local ( Av.Guilherme Maxwel,26-Maré)

18h00min : Festival de Cinema Dona Jane Camilo ( homenagem a Dona Jane Camilo) Mulher preta,  guerreira, militante fundadora do Fórum Social de Manguinhos, participante de vários espaços de lutas e controle social .
Local Biblioteca Parque da Favela de Manguinhos(Av. Dom Helder Câmara, 1184- Manguinhos)

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