quinta-feira, 26 de maio de 2016

Feminismo Negro Marca Disco de Larissa Luz

Por Cinthia Oliveira
No momento em que conquistou o patrocínio da Natural Musical, a baiana Larissa Luz estava vivendo um processo de empoderamento, de reconhecimento de sua força como mulher e como negra. Decidiu, então, fazer do disco não apenas um apanhado de composições, mas um álbum-manifesto.
Feminismo negro marca disco de Larissa Luz“Território Conquistado” traz a temática do feminismo negro em suas dez faixas, mas sem soar repetitivo ou enfadonho. Especialmente porque entre os trunfos da cantora não está apenas a composição das letras, mas também a versatilidade das músicas.
Para que o trabalho soasse contemporâneo, ela contou com três produtores com características bem diferentes: Jr Tostoi (guitarrista e produtor de Lenine), Pedro Itan e Pedro Tie. Conta ainda com participações de Thalma de Freitas, Manuela Rodrigues e Elza Soares.
“Queria que o disco tivesse rock, uma mistura com ritmos afro-brasileiros e a música eletrônica, que já estava presente em meu primeiro disco solo. Queria experimentar, que os ritmos negros tivessem aqui uma confluência”, diz Larissa.
Luta
“Não deixe que tentem te colonizar/ Te converter, te doutrinar/ Te alienar... /Eu quero voar /Escrever o meu enredo”. Os versos de “Descolonizada”, faixa que abre o disco, dão o tom da força da retórica de Larissa. Aqui estão palavras que buscam o resgate do orgulho e a luta contra o preconceito.
“Vi muitas meninas vivendo o empoderamento, o processo acontecendo. O disco é uma extensão de falar desse poder e outras tantas histórias possíveis de serem contadas”, afirma. “Quero, através de um material artístico, procurar uma transformação”.
Segundo ela, o feedback do trabalho tem sido emocionante. “Ao final dos meus shows, tem meninas que vêm me contar que o disco bate forte no coração delas. A repercussão tem sido boa também com os homens, que estão saindo de sua zona de conforto”.
Fonte:Ceert

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