quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mulheres ocupam apenas 14% dos postos mais altos nas universidades

Posição reflete pesquisa realizada das instituições ibero-americanas; no Brasil, elas chegam a ganhar 42% menos

 Participação de mulheres na área educacional diminui conforme aumenta a patente acadêmica

Somente 14% das vagas destinadas a professores catedráticos nas universidades da América Latina, Portugal e Espanha são preenchidas por mulheres. Visto como o auge da carreira acadêmica, para conseguir o posto de professor titular – nomenclatura mais utilizada no Brasil – é preciso comprovar notório saber, possuir uma vasta produção científica, experiência de ensino e passar nos concursos, geralmente comandados por homens.
O mais curioso é que a baixa presença de mulheres nesse altos cargos hierárquicos da academia não condiz com sua presença marcante no ensino superior, especialmente no ciclo da graduação. Isso porque, nessa fase, elas são maioria. Enquanto os homens representam 40% das matrículas, as mulheres preenchem 60% das vagas.
O problema começa a surgir após a graduação. No doutorado, por exemplo, o número de homens já é equivalente à presença feminina. A diferença se torna mais drástica quando analisado o perfil de gênero do total de professores vinculados às instituições ibero-americanas.
“Só 30% dos cargos de professores são preenchidos por mulheres e 14% são catedráticos, de alta hierarquia”, afirma José Narro, reitor da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) – a “USP do México”. Os dados repassados por Narro foram apresentados na última semana durante o III Encontro Internacional de Reitores Universia. Realizado no Rio de Janeiro, o evento reuniu mais de mil reitores da região, além de representantes de instituições norte-americanas, da Europa, África e Ásia.
Brasil
O País não foge à regra dos números que englobam toda a região ibero-americana. Nos mestrados, por exemplo, as mulheres representam pouco mais da metade dos mestres do Brasil, desde 1997. Por aqui, a situação se agrava porque as acadêmicas brasileiras chegam a receber, em média, 42% menos que os homens com a mesma titulação, segundo o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Fontes: Discriminação grupo / ultimosegundo
Foto: Mônica Aguiar

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