quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A força do trabalho da Mulher Negra no AM


O fortalecimento da economia favorece a entrada das mulheres, de modo geral, e das negras, em particular, no mercado de trabalho, além de estimular nelas o espírito de empreendedorismo. A avaliação é do economista Ailson Resende. 

Segundo ele, as áreas de serviço e comércio tendem a absorver a mão-de-obra feminina e os novos projetos empresariais, uma vez que, na indústria, a presença da mulher negra em cargos de chefia ainda representa uma barreira a ser derrubada. "A maioria das áreas que a mulher negra atua hoje mostra que ela está mais ligada à economia do Estado", ressalta. 
Além do campo empreendedor, a mulher negra tem conquistado espaço na área acadêmica e científica, onde ocupa posições chaves na parte de pesquisa e coordenação de cursos. 
Porém, é no setor de serviços onde a presença da mulher negra é mais visível. Seja como empresária, artesã ou vendedoras de alimentos elas estão à frente do próprio negócio, destruindo mitos criados ao longo da história de que a cor da pele é sinônimo de pobreza e de falta de oportunidade no mercado de trabalho. 
Autora de livros que abordam a temática de gênero, a antropóloga Iraildes Caldas Torres afirma que ainda há barreiras a serem superadas para as mulheres negras ocuparem espaço na economia e na política também. 
Embora reconheça que houve avanço no acesso ao mercado, elas enfrentam dificuldade de ascensão no chamado "trabalho hierárquico. "As negras até ingressam nas empresas, mas dificilmente elas chegam ao cargo de chefia", enfatiza. 
Segundo Iraildes, esta realidade acontece porque o Brasil ainda possui uma mentalidade patriarcal colonialistas. "O país continua sendo linearmente branco nos cargos mais importantes", opina a especialista. 

Progresso 

Pesquisa do Instituto Ethos com as 500 maiores empresas do país, que foi realizada para identificar a participação dos negros no mercado de trabalho, mostrou que a participação dos trabalhadores afro-descendentes aumentou em 2010 (ano do último censo do IBGE), alcançado 31,1% do frente os 23,4% 
registrados em 2003. 

Fontes: EM tempo / CEERT

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