terça-feira, 28 de junho de 2011

Dados mostram barreiras contra mulheres negras

O mercado de trabalho brasileiro continua discriminando mulheres, negros e jovens. A jornalista Miriam Leitão aponta que, apesar de a taxa de desemprego ter chegado a 6,4%, a menor para o mês de maio desde 2002, não há o que comemorar se levada em conta a desigualdade de oportunidades no mercado brasileiro.
"Enquanto a desocupação está em 6,8% entre as mulheres brancas, por exemplo, acima da média geral e da taxa registrada entre os homens com essa mesma cor de pele (4,2%), ela salta para 9,5% entre as mulheres pretas ou negras, segundo os dados do IBGE."
"Mas esses números podem ser ainda mais cruéis, quando olhamos para o desemprego entre as jovens negras de 18 a 24 anos de idade: subiu para 20% em maio - em abril, estava em 19,6%, mais do que o triplo da taxa média atual. No caso das mulheres brancas com a mesma faixa etária, está em 12,6%. Como se vê, as jovens negras têm bastante dificuldade para encontrar uma vaga de trabalho."
"O desemprego, como sempre, continua baixo entre os homens (4,9%) e mais alto entre as brasileiras (8%). Mais elevado também entre os que estudaram mais, por incrível que pareça."
"E apesar de muitos empresários reclamarem da falta de mão de obra no Brasil, os números que mostram a desocupação entre os jovens indicam que há um exército de desempregados entre 18 a 24 anos, deixado de lado por falta de qualificação ou experiência. Entre eles, o desemprego está em 13,5%, um pouco abaixo da registrada em abril (15%), mas bem acima da média."







Fonte : Agencia patriciagalvão

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