segunda-feira, 4 de abril de 2011

Movimento de mulheres tem críticas a programa para gestantes lançado por Dilma

O Programa Rede Cegonha, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, foi considerado um "retrocesso em relação aos avanços ocorridos no setor" por ativistas de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

“Voltamos a uma visão materno-infantil da saúde das mulheres, quando já considerávamos que a Política  Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, surgida em 1983, parecia estar consolidada”, afirmou a cientista política Telia Negrão, secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, em nota distribuída à imprensa.

Para Telia Negrão, o programa "não abrange o conjunto de causas que leva as mulheres brasileiras a adoecer e morrer durante a gestação, o parto e o puerpério”.
Vítimas de violência sexual
Ainda segundo a organização, a presidenta não avançou no atendimento às vítimas de violência sexual. Os casos de abortos inseguros, de acordo com a nota, poderiam ser evitados se as mulheres tivessem maior acesso a serviços como acolhimento a vítimas de violência sexual e anticoncepção de emergência.
A Rede Feminista vai solicitar ao Ministério da Saúde um prazo maior para o debate da proposta, que tem orçamento previsto de R$ 9 milhões.

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