domingo, 13 de março de 2011

Mulheres juristas garantem apoio às reclusas

Os casos de excesso de prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Feminino de Viana podem diminuir consideravelmente depois da garantia de assistência concedida pela Associação de Mulheres de Carreira Jurídica.
A garantia foi dada ontem pela presidente da associação, Solange Machado, durante uma visita àquela instituição prisional enquadrada no “Programa Março Mulher”. O apoio, afirmou, pretende contribuir para a diminuição dos casos de excesso de prisão preventiva e vai, também, permitir mais celeridade processual.
“As advogadas da associação vão prestar-lhes solidariedade para ajudar as que se encontram nesta situação e terem o processo mais célere”. A vice-ministra do Interior para a Administração e Finanças, Margarida Jordão, também da associação, afirmou tratar-se de um acto de solidariedade às reclusas que precisam de assistência jurídica.
“Estamos a fazer o levantamento para podermos conduzir aqueles processos que ‘morreram’ por falta de assistência e de recursos por parte dos familiares”, disse, acrescentando: “Temos verificado que há algumas reclusas já condenadas que precisam de alguém que lhes faça a assistência dos processos para poderem gozar de liberdade condicional”.
O Estabelecimento Prisional Feminino de Viana tem 121 mulheres condenadas e 113 detidas.
A directora do estabelecimento, Cândida Mendonça, admitiu que existem “muitos casos” que necessitam de uma intervenção jurídica. “A presença da Associação de Mulheres de carreira jurídica é bem-vinda porque temos reclusas que não conseguem apoio financeiro”, disse a directora do estabelecimento prisional.  A situação das reclusas que não têm defesa vai melhorar.


Fonte : Jornal Sapo

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